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Depreciação de Veículos. O que é verdade e o que não é sobre esse assunto?

Entenda como funciona a depreciação do veículo e aprenda a levar isso em conta quando for negociar seu automóvel

“Um carro, assim que sai da montadora, perde 20% do seu valor!”

Parece uma afirmação exagerada, né? Mas é verdade. Um veículo é um dos bens de consumo que mais se desvalorizam e essa depreciação pode ser ainda maior a depender de uma série de fatores, como a marca e modelo do veículo.

Para o consumidor médio, a depreciação não chega a ser um incômodo tão grande, já que são raras as pessoas que trocam o carro em períodos menores que um ano e, vamos combinar: quem você conhece que compra um carro pra vender logo em seguida?

Mas sim. Não há quem não sinta uma ponta de indignação ao colocar o preço de revenda no carro e ver o quão abaixo do valor original ele fica independente de quão bem conservado seu veículo está. A depreciação de veículos vem pra todos e vem com força.

Mas o que é depreciação de veículos?

A depreciação de veículos é a desvalorização do bem com base em uma série de critérios que visam estabelecer um parâmetro médio para realizar o cálculo:

Ano de fabricação e do modelo do carro – Como você sabe, as montadoras costumam lançar em meados no ano anterior o modelo do carro do ano seguinte. Por exemplo. Já estão disponíveis modelos 2022 desde julho ou  agosto de 2021.

Obviamente, quanto mais antigo o ano de fabricação ou o modelo, mais o veículo vai ficar desvalorizado. E isso é levado em conta, como dissemos, sem levar em conta o estado de conservação do carro… Ainda…

Estado de conservação – É verdade que, independente do estado de conservação do veículo, o fator ano de fabricação/modelo vai agir como UM elemento na depreciação do automóvel. Mas isso não quer dizer que o bem conservado é tão desvalorizado quanto aquele que recebeu cuidado e carinho.

Avarias das mais diversas como batidas, amassados e arranhões contam, bem como as condições do espaço interno e claro, o cuidado com a parte mecânica do carro. Se tudo foi bem cuidado e mantido em ordem, a desvalorização não vai ser tão aguda.

Quilometragem – O que você acha que vale mais? O carro A, motor 1.0 com 60 mil quilômetros ou o Carro B, que é igual ao A só que rodou mais de 160 mil km? Quem disse depende, acertou, mas a real é que a quilometragem, quanto maior, mais puxa o valor do carro pra baixo.

Além disso, faz parte do “ciclo natural” do veículo. O ato de rodar desgasta peças que precisam ser trocadas e revisões precisam ser feitas. Se um carro é muito rodado e o proprietário não tomou os devidos cuidados, vai ter que engolir uma depreciação significativa na hora de “passar pra frente” o seu veículo.

Como a depreciação de veículos te afeta?

Como dissemos, para o usuário padrão, que usa seu carro de passeio para trabalhar, fazer viagens curtas, enfim. No dia a dia, não se sente tanto a depreciação de veículos até o momento que você decide vender o carro, principalmente para revendedoras.

Por outro lado, quem possui veículos de frota ou locadoras, sentem na pele o peso da depreciação, principalmente quando precisam trocar essa frota. Afinal, eles precisam vender os carros antigos e fazer um belo aporte para comprar os novos.

Para esse setor, esse é um ponto sensível nas contas da empresa. Afinal, uma locadora, por exemplo, que não tem carros novos, vai ter baixa competitividade e preferência do público, outros setores terão gastos como consumo de combustível, manutenção, etc.

A depreciação de veículos é uma exata?

Sim, e não. Como dissemos, seu carro pode estar como novo, baixíssima quilometragem, revisões em dia, pintura e lataria impecáveis… Ainda assim ele vai valer, no mínimo, 20% menos. Como é impossível avaliar caso a caso de maneira justa, estabeleceu-se uma média e ela é a base para calcular a depreciação do veículo:

Pegue o valor do veículo 0km e dividir por 5. No nosso exemplo, um carro de passeio no valor de R$65.000,00.

65.000 ➗ 5 = 13.000

Por ano, seu carro vale R$13.000,00 a menos em média. Sem nenhum outro fator aplicado: quilometragem, manutenção, etc. 

Mas acontece que a depreciação não é calculada em um ano fechado, então, pega-se essa desvalorização anual e se divide por 12, que são os meses do ano:

13.000 ➗ 12 = 1.083,33

Assim, são considerados os anos e os meses do seu carro (ou da sua empresa) calcular a sua depreciação, já que é possível saber o valor médio que o carro perde a cada mês, sem contar os outros fatores que já mencionamos.

Finalizando

Como a depreciação do veículo é inevitável, o que nos resta, a fim de fazer o melhor negócio, é cuidar bem do nosso automóvel. A sua manutenção, o modo de conduzir, as trocas periódicas de óleo, sua limpeza e tudo aquilo que mostre o cuidado que você tem com o seu carro ou moto.

Assim, não só você tem um veículo mais valorizado como também roda seguro e tranquilo num belo carro por muito mais tempo.

Até a próxima!

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